O salário mínimo oficial do Brasil foi reajustado mais uma vez sem aumento real.
O reajuste aplicado em 1º de janeiro deste ano foi somente o acréscimo da inflação acumulada: 10,16%, com base no INPC/IBGE (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), ou seja, novamente sem ganho real.
Com a inflação oficial, o salário mínimo passou de R$ 1.100,00 para R$ 1.212,00, conforme anunciado pelo governo.
Segundo pesquisa publicada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), nos últimos dois anos a inflação no Brasil, que já era crescente, teve alta na taxa acumulada em 12 meses, a partir do segundo semestre de 2020, como resultado basicamente do aumento dos preços de três grupos de itens que compõem os orçamentos familiares: “Alimentação e bebidas”, “Transportes” e “Habitação”.
“Sem aumento real no salário mínimo, os mais afetados são os trabalhadores de baixa renda, com renda muito próxima ao salário mínimo. Esse aumento do salário mínimo com base só na inflação prejudica o poder de compra de quem mais precisa. Isso tudo é resultado de um governo que nunca pensou na classe trabalhadora”, analisou o presidente da FETERCESP, Paulo Ritz.
“Estamos entrando em um ano decisivo para todos nós. É o ano em que poderemos mudar esse cenário e colocar no governo pessoas que lutem pelos interesses dos trabalhadores. É hora de mudança, trabalhador vota em trabalhador”, acrescentou Ritz.
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