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17/01/2017

Aumento da procura por crédito em 2016 foi para as dívidas, diz Serasa

Valor Econômico

O brasileiro aumentou a procura por crédito em 2016, ano em que a economia brasileira encerrou com uma queda quase tão grande quanto a de 2015, em torno de 3,5%. Mas, em vez de consumir, preferiu quitar dívidas.

A avaliação é da Serasa Experian, que nesta segunda-feira informou que a demanda do consumidor por crédito cresceu 3,7% no ano passado, mais que o 1% do ano anterior.  No acumulado do ano de 2016, a demanda do consumidor por crédito avançou 7,2% na região Sul, 3,7% no Sudeste, 5,1% no Centro-Oeste e 1,7% no Nordeste. Na direção contrária ficou apenas a região Norte com queda de 2,6%.

“Observando-se tanto os dados das vendas do varejo quanto o das concessões de crédito em 2016, depreende-se que a demanda no ano passado foi caracterizada mais pela procura de crédito para quitação e renegociação de dívidas do que para a expansão do consumo”, diz a Serasa, em nota.

Apesar da alta ante 2015, o ano passado foi o quinto ano consecutivo de fraco desempenho da demanda do consumidor por crédito já que, no período de 2008 a 2011, o crescimento médio anual foi de 7,1%.

Em 2012, houve queda de 3,1%, em 2013, alta de 1,8% e, em 2014, queda de 0,5%. De acordo com os economistas da Serasa Experian, a inflação ainda alta, sobretudo no primeiro semestre do ano, os esforços do consumidor em reduzir e pagar dívidas, o elevado custo do crédito e o grau reduzido de confiança determinaram um desempenho enfraquecido da demanda do consumidor por crédito no ano de 2016.

A busca do consumidor por crédito subiu em todas as faixas de renda em relação ao ano de 2015. Para os que ganham até R$ 500, a alta foi a mais fraca: 1,1%. Para os consumidores com renda mensal entre R$ 500 e R$ 1.000, foi de 3,7%. Para a renda mensal entre R$ 1.000 e R$ 2.000, o crescimento foi de 4,3%. Já os consumidores com renda mensal entre  R$ 2.000 e R$ 5.000, o crescimento foi de 4,1%. Já para os que ganham entre R$ 5.000 e R$ 10.000 por mês, a expansão foi de 3,9% e, por fim, para a renda mensal maior que R$ 10.000, a alta na procura por crédito foi de 3,6%.

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